27 de junho de 2009

Simplicidades...


Já começo dizendo que não há simplicidade nas simplicidades. Há diferentes formas de olhar as coisas que nos cercam. Para cada um existe uma interpretação diferente da realidade. Outra palavrinha que apresenta diferentes formas de olhar. Costumo conversar com um amigo sobre o certo e o errado. Chegamos à conclusão de que não existe errado. Tudo está absolutamente certo. Julgo os fatos ou os meus pensamentos com um pesar tão grande, mas que não é necessário. Esse mesmo amigo, muito amigo, aliás, me disse certas coisas ao toque de uma cerveja numa quinta-feira à noite em um desses botecos cheios de todo mundo, que por sua vez aparentam cara de bemóis do mundo que me interiorizaram. Pensei muito, ou melhor, retomei certos pensamentos. Então, retomo a questão do certo e do errado. Tudo parece não passar de uma questão cultural. São tantas crenças que existem que não há certificação das ações. Uma cultura de erros, pecados e acertos nos é passada. Mas que egoísmo danado pensar que só o “meu” é certo. Puta que Pariu. Isso me sufoca.
Por que tenho que seguir tudo que me é transmitido como ético e moral? Ok. Não dá pra remar contra a maré sempre. Vivemos em sociedade e para meu próprio bem eu tenho que nadar no ritmo das ondas. Mas não me obriguem a nadar nas profundezas de um mar ou na superfície. Eu tenho as escolhas nas minhas mãos. Tudo depende tanto de mim. E ao mesmo tempo ,tem aquela brisa leve que me leva sem que eu sinta.
Assim só quero observar a formiga carregando sua folhinha para seu formigueiro. Não existe nada mais importante e objetivo para ela do que levar seu alimento para casa. Ela acredita que se fizer essa atividade ela viverá. A formiga não pode se preocupar antecipadamente se no meio de seu caminho passa um terrível pezão e a esmaga. Ela precisa de suas atividades para sobreviver. É uma vida de vais e vens com um objetivo de construir e se alimentar. E ela só faz isso porque acredita que é importante e necessário. Ela segue seus princípios/aprendizados.
Mas como humanos temos a opção de questionar e só está em nossas mãos a mudança ou a continuidade. Há os que preferem manter-se sempre no caminho conhecido e há aqueles que precisam se arriscar, pois confiam e acreditam que há sempre uma escolha. Às vezes, isso nos é instintivo, mas também gostamos de colocar a venda nos olhos. Ficamos cegos e surdos. Também é uma hipótese acertada. Só cabe a mim, mudar o que aprendi e me julgar perante meus próprios atos. Não sei se está CERTO ou ERRADO. Apenas sei que é preciso tentar e tentar para dizer que de qualquer forma eu aprendi. No momento fiz o que deveria ter feito. Muito vago, eu sei, mas no final o que não é???
Se alguém souber das respostas, por favor, não me fale. Eu mesma precisarei descobrir. Eu não quero o seu certo. Quero o meu certo e a minha dúvida. Quero os itens instigantes para poder ter uma resposta. Isso é muito mágico ao serzinho aprendiz que tem em cada um de nós. E que vá à merda quem acha que a certeza é una.
Agora vá fazer o que você acha que é certo para você. Não espere que te digam, as palavras virão codificadas e te apagarão cada vez mais. Procure o seu certo. Escute cada pulsar quente nas veias e beba cada suspiro que der na vida. É TUDO NOVO DE NOVO SEMPRE. Não posso acreditar na estagnação de absolutamente nada. Só há espaço em mim para transformação, até mesmo do que estava certo ontem e hoje já me é dúvida.
À você, caríssimo amigo,
Muita Paz e Paciência. E muita vontade de vida. Apenas acredite no aprendizado transformado.
Um enorme beijo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário